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Mercado brasileiro de GD solar mostra tendência de crescimento no segundo semestre, após sofrer impa


Segundo estudo da Greener, perspectiva é fundamentada por cenário de elevação das tarifas de energia, maior disponibilidade de crédito e retorno atrativo do investimento 




Por Ricardo Casarin


O mercado brasileiro de geração solar distribuída (GD) mostra sinais de retomada e tem tendência de crescimento no segundo semestre, após sofrer impactos da pandemia de COVID-19, aponta estudo da Greener. A perspectiva positiva é fundamentada por cenário de elevação das tarifas de energia, maior disponibilidade de crédito e retorno atrativo do investimento.

“Vemos uma retomada importante no volume de negócios no começo do segundo semestre. Isso é impulsionado por uma série de fundamentos que motivam o crescimento do setor. Um deles é o retorno de investimento. Apesar do momento desafiador, as condições são atrativas para o consumidor final”, avaliou o diretor da Greener, Marcio Takata, durante webinar promovido pela empresa de pesquisa e consultoria.

De acordo com o levantamento, as incertezas e restrições impostas pela pandemia aliadas a uma menor disponibilidade de crédito causaram uma menor demanda para sistemas fotovoltaicos no segmento residencial e comercial, especialmente nos meses de abril e maio. 

Das 2.104 empresas integradoras entrevistadas, 25% afirmaram não ter efetuado nenhuma venda no primeiro semestre de 2020. Destas empresas, 29% iniciaram suas operações nesse ano. Já 11% dos integradores declararam ter vendido um volume superior a 500 kW nos últimos 6 meses. 

“Apesar dos impactos e desafios do primeiro semestre, as empresas tiveram um volume significativo de vendas e faturamento. Mas por outro lado, houve impacto importante em função da pandemia. Grande parte das empresas que não efetuaram vendas no período são mais novas no mercado brasileiro”, destacou Takata.

Outro fator significativo para o setor de GD foi a forte valorização do dólar frente ao real, superior a 30% no período, o que pressiona os custos de estoque dos distribuidores. “Houve um grande impacto nos preços, sobretudo nos meses de março, abril e maio. Isso foi parcialmente repassado ao mercado de integração e não houve um efeito significativo ao consumidor final”, assinala o diretor da Greener.

A pesquisa mostra que houve aumento nos preços de kits fotovoltaicos em todas as categorias, em relação aos preços praticados em janeiro. Em média, os preços subiram 9% no último semestre, ajuste inferior à elevação do câmbio. Por outro lado, a Greener projeta que a significativa redução dos preços de módulos fotovoltaicos no mercado internacional deverá ajudar a atenuar os efeitos do câmbio no segundo semestre.

O estudo também mostrou que mais da metade das empresas relataram maior dificuldade na aprovação de crédito durante a pandemia. “É natural que em um período de instabilidade haja menor disponibilidade de crédito. Após o início da pandemia, ocorreu um cenário de menor liquidez, não só no mercado solar, mas no âmbito geral. Mas as condições de financiamento vêm melhorando ao longo dos últimos meses e começa ocorrer uma retomada”, expressa Takata.

Embora mais de 80% das empresas entrevistadas demonstram preocupação com a disponibilidade de caixa, em função da redução das vendas, quase 90% dos integradores afirmaram estar confiantes com a retomada após o fim da pandemia. “Vamos acompanhar em que nível será a retomada no segundo semestre, mas o mercado de GD vem se recuperando. Acompanhar os custos dos equipamentos vai ser um ponto importante para entender os preços no terceiro e quarto trimestres, nesse cenário de recuperação”, acrescentou o especialista.

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